Entre
aspas
Ela não
pestanejou e mandou na lata:
Foi
somente uma sugestão... O museu,
apenas
um dos lugares que me dão
“prazer”
em visitar... Assim mesmo:
Um
prazer entre aspas
E o que
vi, foi a luz vermelha do desejo
se
acendendo: Néon azul e branco, talvez,
circundando
a seta: Aqui! Siga a seta!
Aqui
fica o cantinho do teu prazer maior
Entre
aspas, tenha certeza, é bem melhor!
Mas o
diabo mora nas entrelinhas... E pode
se
esconder as vezes, numa simples vírgula
O que
não será capaz de aprontar o danado,
protegido
da torrente de paixão pelas quatro
varetas
deste guarda-chuva invisível que
cerca
dos muito apressados?
Um
prazer entre aspas, pode ser um prazer sem
importância,
um prazer cercado de cuidados, um
prazer
muito grande ou especial, guardado a poucos
escolhidos.
Pode ser no museu, na cama, na lama...
Mistérios
femininos... Só sei que eu, de tão ansioso
com
o primeiro encontro com a moça, já “tô fudido”!